A série não ficou apenas boa, com um bom roteiro, parece que o Púrpura é o novo laranja do Netflix, tudo graça a nova parceria com a Marvel. Após o sucesso de 'O Demolidor', o Netflix decidiu arriscar em personagens do mesmo universo e optou pela polêmica Jessica Jones, mas provavelmente não imaginava o quanto a série ia agradar. Mesmo com várias séries legais originais, a verdade é que desde a estreia de 'Orange Is A New Black' que não se via tantos comentários em redes sociais (e a grande maioria com críticas positivas).
Só no Twitter a cada minuto, na última semana, há novos comentários sobre a série 'Jessica Jones' e seus personagens, tanto em inglês como em línguas como português, espanhol, francês, italiano, alemão e também em caracteres russos, árabes entre outros. Além das diversas referências sobre acontecimentos na série, em especial por conta do vilão Kilgrave, interpretado pelo britânico David Tennant, personagem mais conhecido pelos fãs dos quadrinhos Marvel como Homem Púrpura (Purple Man), o qual tem um sobrenatural poder de persuasão.
Kilgrave e Jessica Jones, foram um dos nomes mais comentados da última semana entre os que já assistiram todos os 13 episódios, obrigando os que não viram a correr para assistir... Piadas entre os recentes fãs da série estreando no Netflix pelo mundo (junto com fãs da série 'O Demolidor' e dos quadrinhos Marvel, além dos fãs de David Tennant - na grande maioria de 'Doctor Who' e 'Torchwood') começaram a usar várias hashtag relacionada não só ao nome da série (#JessicaJones) como fazendo referência ao vilão (#Kilgrave e #PurpleMan, em português #HomemPurpura), seu interprete (#DavidTennant) e seu dom peculiar (#KilgraveMadeMeDoIt ou na versão em português #KilgraveMeObrigou, #KilgraveSays, #TheBestVillain, entre outras).
Enfim, se ainda não viu 'Jessica Jones', então deixa para ler a conclusão desse texto depois de ver TODOS os episódios.
A história narra acontecimento envolvendo a detetive particular Jessica Jones, interpretada por Krysten Ritter, que vive na cidade de New York, nos Estados Unidos.
Jessica não faz o tipo de heroína comum e estereotipada que nos acostumamos a ver nos quadrinhos ou mesmo em adaptações. Ela é uma alcoólatra, tem pavio-curto e seu sarcasmo é tão ácido que beira a grosseria. Além de não ser exemplo de heroína, sua super-força só ajuda a potencializar os desastres a sua volta.
Já o vilão da história, ou melhor dizendo o antagonista da série é conhecido apenas pelo codinome Kilgrave. Um britânico charmoso, de gosto sofisticado, um tanto egocêntrico e com uma consciência MUUUUUITO seletiva (palavra dele). Kilgrave possui um poder incrível, o de persuasão, mas não como algumas pessoas conhecidas por ter "boa lábia", a coisa é a nível sobrenatural. Imagine o talento de convencer alguém a fazer o que se quer só que numa escala maior, do tipo que precisa ter extremo cuidado com o que fala aos outros, ou pode obrigar uma pessoa a fazer algo realmente sobrenatural.
As atuações do elenco são ótimas! A simpática atriz Krysten Ritter mostra todo o seu talento, ao se tornar a atormentada Jessica, que em momento chega a ser rabugenta. Mike Colter foi a escolha perfeita para interpretar o personagem dos quadrinho Luke Cage, agora também ganhado uma história e personalidade melhor desenvolvida. Já Rachael Taylor surpreendeu na pele da melhor amiga de Jessica, Trish, assim como a atriz Carrie-Anne Moss no papel da inescrupulosa advogada Hogarth.
E o que falar de David Tennant? Só uma palavra vem a cabeça...
(TRADUÇÃO: Fantástico!) |
David Tennant ganhou destaque mundial ao interpretar uma das regenerações do alien, da raça conhecida por Time Lord, que se identifica apenas por "O Doutor", na série britânica 'Doctor Who', mas já mostrava potencial em diversificar suas interpretações em filmes como 'A Hora do Espanto' e 'Harry Potter e o cálice de fogo', além da minissérie 'Casanova'. Porém em 'Jessica Jones' ele se tornou aquele tipo de vilão que amamos odiar, nível Loki. Porém o talentoso ator tornou seu Kilgrave ainda mais sinistros que a versão dos quadrinhos.
No entanto, o que chama mais atenção tanto no antagonista, como na protagonista da série, é o fato que antes de mais nada eles são pessoas atormentadas, marcadas pelo passado e que se comportam como qualquer pessoal. Nada de personagem padrão idealizado. Ou seja, sofrem sim, mas como todo mundo comem, bebem, fazem sexo, se apaixonam, odeiam... Kilgrave, por exemplo, não é mal, ele é uma pessoa que faz coisas ruins, mas até pode fazer coisas legais se for com a sua cara. Ele nutre uma paixão obsessiva por Jessica, algo patológico, mas não quer dizer que não tenha olhos para outras mulheres interessantes.
Diferente de outras adaptações, especialmente em relação a atualização de história e personagens para os dias de hoje, os poucos detalhes ou histórias fragmentadas ajudou a criar um roteiro incrível, pois pegaram a essência básica dos personagens e as desenvolveram com novidades bem atuais, que se encaixaram muito bem.
Infelizmente... Ou talvez não. Ainda estou na dúvida quanto a isso, mas creio que o fato das histórias de Jessica Jones sempre estarem envolvidas em polêmica, pois na época que foi criada a personagem foi vista como uma tipo de "ameaça aos bons costumes da família americana"; fez o Netflix tratar a série como uma minissérie. O que significa episódio interligados, mas com uma trama com começo, meio e fim. E quem viu toda a temporada, sabe que foi um fim bem fechado... A princípio. Falo isso, porque agora cabe a produção e ao grupo de talentosos roteiristas da série, verem o quanto o personagem de Kilgrave é necessário e incluir um outro poder dele dos quadrinhos, o de regeneração. Concordo que ele não precisa ter pele púrpura, mas o fator regenerativo com toda a certeza EU QUERO VER NA SÉRIE!!!!!!
Kilgrave Me Obrigou!
Leia+: JESSICA JONES
Texto: Anny Lucard
Fonte e fotos: Netflix
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