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domingo, 7 de outubro de 2012

Lançamento e entrevista com Roxane Norris


O lançamento de 'Immortales' da autora Roxane Norris na Nobel, foi repleto de boas conversas e sorrisos, amigos e leitores prestigiando a autora, entre eles o autor Edson Gomes (autor de 'Psiquico' da Dracaena) que inclusive posou para fotos.


'Immortales', publicação da Editora Baraúna, é um livro com uma história que envolve seres imortais muito curiosos. A autora falou um pouco do livro durante o evento e também nos deu uma entrevista exclusiva.

ENTREVISTA COM ROXANE NORRIS:

CONTOS SOBRENATURAIS: Antes de mais nada, a pergunta que não quer calar. Seu Norris não é nome próprio, acredito. De onde tirou peculiar nome? Seria uma fã do Chuck Norris?
ROXANE NORRIS: Olá Anny! Primeiro vou agradecer sua presença no lançamento de 'Immortales' que muito me alegrou de coração! Bem, quanto ao sobrenome Norris, ele é oriundo de minha mãe, Neyde Norris da Silva Ribeiro. Infelizmente ela não nos transmitiu essa herança, eu tive que me apropriar para homenageá-la, já que nem ela, nem meu pai se encontram mais ao meu lado.
Sinto decepcionar aqueles que acham que sou fã do famoso ator inglês Chuck Norris - não sou não! (risos)

(Por essa eu não esperava... Decepção, que nada! Achei muito legal! Temos uma legítima descendentes dos Norris entre os autores brasileiros. Fantástico! Sangue de Norris é poderoso!)

C.S.: Sobre o nome do livro, por que 'Immortales'? (Eu confesso que quando vi o livro pela primeira vez, pensei que era um livro estrangeiro, que traduziram e deixaram o nome original. Porque li algo do tipo "Contos sobre Imortais", pois achei que o nome era a soma de Immortal+Tales.)
R.N.: Sabe que adorei sua sugestão? Se fossem contos seria perfeito mesmo! Mas, enfim, quando terminei 'Immortales', Imortais na época que ele estava "dentro da barriga", a Alyson Noel lançou seu livro... Então, ela meio que frustrou meus planos. Como eu sou uma terrível cabeça dura, não quis abrir mão de meu título por caber como uma luva para a história em si. Daí, surgiu a ideia de por em outra língua... E ficou assim, em latim.
Da mesma forma que Youkai e Volkodlák seguiram a linha de ter o nome em português trasncrito em outra língua.


C.S.: Pode falar um pouco da história do livro?
R.N.: A história de 'Immortales' começa em outro planeta, Sinai, quando uma parte da sociedade daquele astro é exilada e busca refúgio na Terra Prometida insuflada em suas mentes por aqueles que os guiam. Infelizmente ou não, deixo para vocês decidirem, eles caem na Terra, é tem que se adaptar ao novo planeta. Uns, se misturando aos habitantes daqui; outros, sendo modificados geneticamente por serem ainda embriões. Ambas as maneiras trazem uma dependência por sangue... e aí surgem os Imortais. Acho que essa é a parte mais fictícia do livro, o prólogo. Porque para fazer o que eu queria com meus imortais, eles não poderiam ser os vampiros do Bram ou da Anne... Eles tinham que ser meus. Únicos.
Dentro do contexto que eles ficam inseridos em nossa sociedade, eles são obrigados a viver sobre regras, ter uma sociedade extratificada e um controle sobre sua proliferação - ou natalidade, se preferem. Assim, sendo, eu começo a desenvolver a história em si dentro desse mundo que eles vivem, que não é muito diferente da realidade humana e a vive margeando em muitos pontos. Então irão se confrontar com amores, traições, vinganças...
Acho que isso já dá uma noção da história em si.


C.S.: Seu livro tem um tema bem curioso, como surgiu a ideia?
R.N.: Creio que respondi um pouco dessa pergunta na anterior. Eu queria escrever sobre vampiros desde que havia visto um anime chamado Blood +, depois Vampire Knight... E também um mangá chamado Midnight Secretary... Enfim, sem contar os livros. Mas sempre houve uma particularidade que me chamava muita atenção entre ambos os estilos. Na literatura propriamente dita, não sei se seria melhor usar o termo nessa comparação de erudita, você tem uma cobrança - engraçado isso por se tratar de um ser lúdico, imaginário - que um vampiro siga sua lenda; o lobisomem também, bruxas, duendes... e por aí vai. Já quando pegamos um mangá, você tem muito mais liberdade de criar sem esses paradigmas, que salvo excessões como zumbis que amam, são absurdas. Porque seguir uma lenda como essa - vampiro - é seguir algo que outro criou, e tecnicamente nem nós humanos somos iguais, porque os vampiros seriam todos iguais? Respeitando como eu disse certos limites, se você fugir a todos os parâmetros da lenda, melhor criar outro ser.
Seguindo esse pensamento, criei meus Imortais, porque eu queria romance. Sou rosinha, gosto de beijos e namoros... Amassos... E liberdade criativa. Juntei meu fascínio pela Jane Austen ao meu por Bram, e surgiu Immortales.

(Austen e Stoker?! Uau! Estou ainda mais curiosa para ler o 'Immortales' agora!)

C.S.: Já ouvi autores falarem que seus personagens criaram vida e já fazem o que querem (especialmente autores de literatura fantástica), tem algum personagem assim em seu livro?
R.N.: O processo criativo sempre nos leva a alagumas bifurcações... Eu, por exemplo, quando estou escrevendo um diálogo muitas vezes me questiono: ele precisava ser tão assim? Ou tão assado? (risos)
Eles realmente criam vida própria, e muitas vezes se sobrepõe ao seu protagonista. Em 'Immortales' tive um assim, e foi difícil tirar ele de foco... Quero que me digam quem é depois!

(Combinado.)

Adorei o lançamento de 'Immortales' e o bate-papo com a autora. E digo que a mistura do rosinha (Austen) e do dark (Stoker) parece que ficou interessante e promete muitas emoções. Tem um personagem que me chamou atenção na história, que para evitar spoilers, só vou falar uma coisa que a querida Norris falou dele: É um pirata!

OUTRAS FOTOS DO LANÇAMENTO:

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