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Literatura Fantástica nas ondas do rádio
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
A Hora do Espanto 2011
Quando se tem uma boa história e, PRINCIPALMENTE, um bom roteiro, é muito difícil errar... O diretor tem que ser muito ruim para conseguir tal feito.
Não conhecendo nada sobre o trabalho de Craig Gillespi, bateu uma dúvida quando a qualidade do remake de A Hora do Espanto, mesmo que o roteiro do novo filmes fosse assinado pela talentosa Marti Noxon, muito conhecida entre os fãs de Buffy, a caça-vampiros.
A roteirista escreveu vários dos episódios memoráveis da série vampiresca criada por Joss Whedon, inclusive meu episódio favorito, 'Buffy Vs. Drácula', monstrando ali que quando o assunto é escrever um roteiro sobre algo já conhecido, que ela costuma estudá-lo a fundo. Enriquecendo seu texto com referências, como nunca vi outro roteirista fazer. Isso porque suas referências não são para expert, são sutis, assim quem não conhece absolutamente nada sobre o assunto, não fica perdido na história ou com a sensação de que não entendeu a piada.
Em A Hora do Espanto (Fright Night, 2011) temos uma história totalmente original, já que o roteiro ficou tão bom que se ninguém falar que é remake, vão achar que é uma história nova. No entanto, quem viu o filme original de 1985, vai encontrar as essências em relação a história original e personagens.
Jerry Dandrige continua sendo o vizinho metido a Don Juan da casa ao lado, charmoso e debochado, que adoro provar do fruto proibido. Porém o mundo mudou muito desde 1985 e ele, como todos na história, tiveram que ser adaptados a realidade do século XXI. Ainda assim Charles Brewster, continua o mesmo típico adolescente, querendo se adaptar e fazer bonito para a namorada, com seu melhor amigo sacana "do mal" (Evil Ed continua mais 'evil' que nunca), sua mãe ainda está solteira e a procura de romance, que bem que pode ser com o vizinho novo; o qual está mais interessado nas lolitas da vizinhança.
A única mudança significativa, foi mesmo em relação a Peter Vincent, que de um simpático apresentador de programa de TV, se tornou um ilusionista. Porém eu achei a ideia ótima, pois não conseguia ver ninguém no lugar do saudoso Roddy McDowall. A ironia é que David Tennant ficou bem no papel, honrando o nome do matador de vampiros do filme original.
Após a ótima adaptação do famoso conde de Bram Stoker para a série Buffy, a caça-vampiros, Marti Noxon fez bonito ao tomar em suas mãos o ardo trabalho de adaptar um filme clássico de grande sucesso e querido por uma geração. Eu, sinceramente, sai do cinema pensando não só que ela devia ser sempre chamada para fazer adaptações do tipo, mas que adoraria vê-la adaptando A Hora do Espanto 2. Seria muito legal ressuscitar a história da vampira Regina, assim como foi feito brilhantemente com Jerry Dandrige. Trazendo novamente a luz vampiros que não brilham no sol e que sabem o valor de uma boa mordida.
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