Que a leitura é uma ótima fonte de conhecimento isso todo mundo apredente cedo, se vamos usá-la para aprender algo, é outra história. Porém alguém já ouviu dizer que ler também é divertido? Talvez os mais jovens estejam aprendendo tal lição, mas a maioria dos leitores adultos, aqui no Brasil, tem a ideia de que ler é igual a "dever de casa" (como a autora da Sociedade das Sombras, Adriana Rodrigues fala em entrevista).O que infelizmente faz muitos adultos abandonarem completamente a leitura. Assim como muitos aspirantes a escritores, que desistem porque não tem o estilo exigido.
Só que a literatura é muito amplas, além de gêneros variados, há estilos que diferem de autor para autor, onde alguns escrevem assuntos mais sérios e outros buscam escrever só para diversão.
Lembrando que livro para diversão, não quer dizer livro de qualidade inferior. Verdade que são, em geral, livros com um linguajar despojado, de ritmo mais acelerado e em alguns caso que fala de certas coisas de forma mais resumida ou generalizada. Porém não deixam de ser boas histórias.
É comum dizer que livro desse tipo é literatura infanto-juvenil. Uma denominação um tanto estranha na minha opinião, começando que o público infanto lê uma coisa e juvenil outra. Pior é achar que livro para os jovens são necessariamente livros inferiores, enquanto os para adultos tem que ser os mais complexos tanto em assunto, como em textos extremamente cansativos. Sejamos sinceros, quem trabalha nunca leria para relaxar, ao chegar em casa, um dito livro para adulto.
Da mesma forma que os jovem querem livros com conteúdo interessante, os adultos também gostam de livros mais "light", que consigam ler para relaxar após o trabalho.
Isso talvez explique os fenômenos Harry Potter e Crepúsculo, dois livros que mesmo tendo público alvo diferente e que foram taxados de livro infanto-juvenis, acabaram fazendo sucesso entre crianças, adolescente e adultos.
No Contos Sobrenaturais defendemos o incentivo à leitura e não somente um tipo de literatura, mesmo que o foco do programa seja literatura fantástica sobrenatural. Por isso não só entramos em contato com autores de lit fan, como trocamos ideias com pessoas de diversos estilos e áreas de criação. Autores tanto de literatura como de roteiro, os que escrevem história mais "light" como de conteúdo adulto (ou erótico, que é diferente de porno, só para constar ao menos informados).
Entre eles, há um grupo, os de roteirista, que geralmente levam o estigma de autores que escrevem histórias clichês.
O termo clichê é muito conhecido no cinema e TV, visto como sinônimo para histórias batidas. Depende. No cinema brasileiro, por exemplos, os roteiristas criaram um dos maiores clichês que se tem notícia, exatamente por buscar escrever sempre histórias originais. Quem já não ouviu dizer que filme brasileiro é sempre baseado em fatos reais, com muita violência, drogas e sexo? Ou seja, você sempre sabe o que rola em todos os filmes, mas clichê que isso impossível. Certo? Errado. Na verdade o que alguns insistem em dizer que é "O" cinema brasileiro, é apenas um gênero cinematográfico criado por brasileiros (só precisam batizar a criança), como temos a comédia americana ou o melodrama indiano. São subgêneros de um gênero, marcados pela cultura de um determinado país.
E é ai, nos gêneros, que no cinema os ditos clichês são empregados, pois são na verdade formas de compor determinado gênero, que se o roteirista aprende a fazer direito, vai criar roteiros "super-originais" como Matrix, ou Avatar.
A verdade é que aprendemos, pelo menos no cinema, que não exite histórias originais, só histórias contadas de forma original.
Nos últimos tempos, meu contato direto com o pessoal de literatura, assim como roteirista de quadrinho, me fizeram ver que as coisas também não são muito diferente. E o mais engraçado é que também nessas áreas, aquele que busca ser o mais original, sempre é o mais clichê de todos.
Por isso acho muito válidos trabalho de orientação, por assim dizer, como o feita por um grupo ligado aos quadrinhos, o qual escrevem a Revista online Quadrinize! . A revista é uma ótima dica, vários temas são abordados e para quem quer começar com o pé direito a escrever histórias, não tem melhor lugar para obter informações. Porque para quem não sacou ainda, escrever uma história não é o mesmo que fazer redação na escola. Ou todo o aluno nota 10 em redação virava autor. Claro que escrever bem é importante, mas não é tudo.
A Quadrinize! tem foco em roteiro de quadrinho, mas também ensina muitas coisas interessantes sobre vários tópicos, que podem ser aplicados em outras áreas, como entre os contistas. Inclusive há alguns tópicos importantes sobre Gênero e clichê. Vão encontrar na Quadrinize! não só post sobre Criação e Roteiro, construção de Personagens e Narrativa, com vários falando só dos "famigerados" Clichês (que se o autor aprende a usar direito, poderá criar algo novo, mesmo que seguindo uma velha fórmula). Entre outros tópicos.
Porque não adianta tentar fazer um bolo com receita de pudim, nunca será um bolo. Porém se você sabe a receita certa do bolo, vai conseguir fazer algo novo só acrescentar ingredientes extras a massa.
Por isso é importante abrir mão de certas ideias enraizadas em nossa cultura, preconceito, pois não é o clichê que faz um autor ruim, assim como não é texto de linguagem complexa que faz o autor bom. Além disso, muitos autores ainda precisam aprender a definir o gênero antes de começar suas histórias é importante e, principalmente, seguir as regras do escolhido. Gênero é algo mal visto por alguns e muitas vezes ignorado. Só que não existe só o drama ou a comédia e quem não sabe a diferença entre os gêneros, é melhor nem começar a escrever. Já bastas os críticos de hoje em dia, que sem conhecimento nenhum de gênero, frequentemente escrevem barbaridades como "suspense-terror-ação-romântico..." ou pior, no caso específico do cinema, coisas como animação do "gênero infantil". Não existe "gênero infantil" e acredito que uma animação como Akira não seria recomendada para o público infantil.
Por isso, fica a dica da revista Quadrinize! para os aspirantes a escritores. Lendo e aprendento ou NUNCA SERÃO bons contadores de histórias.
Também tem um suplemento impresso da revista, que é muito interessante e que dá uns toques básicos bem legais para um primeiro roteiro. Esse suplemento pode ser adquirido online ou em alguns pontos de venda aqui no Rio, como a Metrópolis da Taquara (Jacarepaguá). A Metrópolis é uma loja especializada em HQs, mangás, RPGs e etc. Inclusive tem acessórios legais como os cordões de mangá/animes como Vampire Knight e Naruto. Também há outros pontos em cidades fora do estado do Rio de Janeiro.
Confira a lista dos pontos de venda aqui e fora do estado:
Rio de Janeiro
Metrópolis - Taquara
Av Nelson Cardoso, 905 Lj 106
Taquara (Jacarepagua), Rio De Janeiro - RJ
(21) 2423-3930
Metrópolis - Meier
Rua Dias da Cruz, 203 Loja 11
Meier, Rio De Janeiro - RJ
(21) 3273-1149
Point HQ
Rua Conde de Bonfim, 685
Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
(21) 2238-4835
Gibimania
Conde de Bonfim, 229 loja 204
Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
(21) 2264-9752
Gibilândia
Rua Marq de Abrantes, 64 lj 7
Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
Planeta Anime
Planeta Anime e Av. Pres. Vargas, 187 Q. 1 Lj 3
Centro, Duque de Caxias - RJ
São Paulo
Comix
Alameda Jaú, 1998
São Paulo - SP
(11) 3061-3893
(11) 3088-9116
Loja HQ Mix
Rua Augusta, 331
São Paulo - SP
Espírito Santo
Livraria Saber
Rua Dr. Wanderlei nº 68
Alegre - ES
(28) 3552-7290
Banca de Jornal do Almir
Pça Pico da Bandeira
Alegre - ES
Agnus Dei Comic Shop
Pc Jerônimo Monteiro, 63 lj 11
Cachoeiro de Itapemirim - ES
(28) 3511-2250
Quadrinize! impresso compre online.
Site da revista Quadrinize!
www.quadrinize.com
Nossa supper legal!!!
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