Selton Mello está de volta às origens. O ator iniciou sua carreira como dublador ainda na infância e emprestou a voz para personagens como Ralph Macchio, de “Karatê Kid”; Kusco, de “A Nova Onda do Imperador”; Kanai, de “Irmão Urso”, entre outros. Em “Uma História de Amor e Fúria”, ele dá vida a um guerreiro imortal que atravessa quatro épocas da história do Brasil atrás de Janaína, seu grande amor. Mello começou a atuar na TV aos sete anos e não parou mais. No cinema, participou algumas das mais importantes produções da Retomada, como “O Auto da Compadecida” (2000), “Lavoura Arcaica” (2001); “Meu Nome Não é Johnny” (2008) e “Jean Charles” (2009). Estreou como diretor de longa-metragem em 2008, com “Feliz Natal”, e em 2011 lançou o premiado “O Palhaço”. Em 2012 dirigiu a série televisiva “Sessão de Terapia”, exibida pelo canal pago GNT.
ENTREVISTA (contém spoilers do filme):
Como surgiu o convite para participar do filme (‘Uma História de Amor e Fúria’)?
O convite veio do Luiz Bolognesi, um super roteirista brasileiro, de quem sou muito próximo. Sou amigo também da mulher dele, a Laís Bodanzky, um casal muito talentoso e que tenho grande admiração e acompanho o trabalho há anos. Nunca havíamos trabalhado juntos e quando o Luiz resolveu fazer uma animação foi uma excelente oportunidade para isso. O verdadeiro guerreiro imortal é ele, porque fazer animação é uma trabalheira insana! Ele se aventurou e fez um belo filme.
E como foi a experiência no estúdio?
Adorei fazer a voz do personagem principal, até porque tenho na minha formação uma importante passagem como dublador, que durou da minha infância até meus 20 e poucos anos. Tudo o que tem a ver com dublagem é bom para eu relembrar um período rico da minha trajetória.
Qual a diferença deste filme para seus trabalhos anteriores como dublador?
Apesar de ter trabalhado como dublador profissional grande parte da minha vida, nesse filme vivi uma experiência diferente. No universo da dublagem, a gente diz que vai “correr atrás das bocas”, e em “Uma História de Amor e Fúria” foram os desenhistas que “correram” atrás do meu trabalho. Isso foi raro e inédito para mim. Não fiz uma dublagem, fiz uma sessão de atuação para o Luiz baseada em desenhos estáticos, eu não sabia o que aquilo ia virar exatamente. Fui dirigido pelo Bolognesi e, assim, sentindo qual era a melhor maneira de fazer. A dublagem foi feita em várias etapas: gravamos a primeira leva para permitir que os animadores pudessem começar o trabalho, um ano depois eles já estavam com o esboço de algumas cenas animadas e o Luiz foi sentindo o que precisava melhorar no roteiro. Acho que foram três ou quatro sessões e na última ele já tinha o roteiro final, e a gente refez coisas com mais convicção de atuação.
Quem é seu personagem?
Ele é um guerreiro imortal e atravessa quatro gerações: começa como um índio, depois vira o líder dos escravos, na terceira etapa estamos na época da ditadura militar e ele é uma figura importante nesse cenário e, por fim, o filme se passe em um Rio de Janeiro futurista. Nessas quatro fases da história do Brasil ele está sempre em busca de justiça e de Janaína, que é o amor da sua vida. Eu e Luiz trabalhamos algumas nuances para o personagem porque ele é um espírito, mas em cada época tem uma nuance, ora está mais velho, ora mais novo, cada vez ele tem um jeito específico de se expressar. Existem sutilezas nessas quatro passagens para diferenciar, apesar de ser o mesmo espírito.
Fonte: Entrevista contida em release.
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