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quarta-feira, 27 de março de 2013

Entrevista com Camila Pitanga


Camila Pitanga

Com 15 filmes no currículo, Camila Pitanga estreou no cinema aos seis anos em “Quilombo” (1984), longa-metragem de Cacá Diegues que tinha entre os protagonistas o pai da atriz, Antônio Pitanga. Após participar de produções como “Caramuru – A Invenção do Brasil” (2001), “Redentor” (2004) e “Saneamento Básico, o Filme” (2007), Camila estrelou “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” (2011). Agora, a atriz conta uma história 100% brasileira, emprestando sua voz a Janaína, uma índia que, durante 600 anos, supera até a morte para viver uma história de amor ao lado de um guerreiro tupinambá. Forte e determinada, a personagem reencarna em quatro fases da história do Brasil: colonização, escravidão, regime militar e no futuro, em 2096. Em todos estes períodos, o guerreiro e Janaína se reencontram, e ele precisa reconquistar a amada toda vez que ela reencarna.


ENTREVISTA (contém spoilers do filme):


Como surgiu o convite para participar do filme (‘Uma História de Amor e Fúria’)?
Recebi um telefonema do Luiz Bolognesi, e assim que ele me apresentou o projeto fiquei apaixonada. Embarquei completamente naquela emoção que ele tinha em poder falar da história do país e também pela ideia desbravadora de fazer animação no Brasil. Nós até temos uma tradição, mas não em grande escala de produção de animação.

O que mais te atraiu no projeto?
Além da história em si, o desafio de fazer várias personagens em uma só porque ela atravessa o tempo. Tentei em cada história dar uma marca diferente para a Janaína.

Quem é sua personagem?
Ela sempre se chama Janaína, mesmo nascendo e morrendo em vários tempos. No desenho, os traços remetem sempre à mesma mulher, mas na verdade, ela é múltipla. Tentei compor para a primeira delas, que é uma índia, com inocência, ingenuidade, uma coisa mais leve. Parece que a personagem é uma só, e que vai amadurecendo ao longo do tempo. No primeiro momento, ela está mais pura, virgem das maldades, ainda não tem nenhuma marca de defesa. Quando vamos para a época da Balaiada, Janaína é mãe, tem um tônus diferente, tem uma espreita. Ela vê a filha sendo levada, e vai à luta. Na ditadura, ela é uma ativista, já está na guerra e isso confere uma atitude diferente. No futuro, ela é a seta de revolta, de fúria, de guerra. Percebo essa curva dramática ao pensar como um personagem só.

Como foi o processo de interpretação na animação?
O desafio era grande. Sentava numa sala e tinha que dar conta do grito, da corrida, do arfar e tentar dar o máximo de veracidade sem estar vendo as cenas. Isso é o barato da dublagem porque você empresta toda a sua expressão para sua voz. Foi um grande exercício de atuação. Muitas vezes a gente fazia várias tomadas com a mesma frase estabelecendo possibilidades de relação com os outros personagens ou com determinada ação.

Você chegou a contracenar com o Selton Mello ou com o Rodrigo Santoro?
Não, não contracenamos em nenhum momento. Em algumas cenas eu tive a referência da voz do Selton para me guiar. Na verdade tivemos várias fases. No começo, a gente tinha as referências dos desenhos e chegamos a gravar a parte dos índios em Tupi.

Fonte: Entrevista contida em release.

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