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sábado, 21 de outubro de 2017

#ThorRagnarok


‘Thor: Ragnarok’ (2017) é o primeiro filme do Marvel Studios que foge dos padrões cinematográficos dos filmes já produzidos pelo estúdio até hoje e segue uma linha que lembra as clássicas HQs da famosa editora. O que torna a produção a primeira a conseguir uma identidade cinematográfica própria e funcional para uma adaptação de quadrinhos.

Desde que surgiu a ideia de adaptar histórias em quadrinho para o cinema que estilos foram testados. Porém quando a “Era Dark” das publicações chegou e foi transportada para as telonas, as tentativas acabaram e a busca por realismo virou o principal objetivo dos filmes baseados em quadrinhos. Funcionando em alguns casos e descaracterizando outros, a ideia de não assumir que as tramas são de fato apenas pura fantasia prejudicou muito boa parte das adaptações, perdendo muito do que se via nas primeiras publicações. A busca do realismo cinematográfico para os filmes fantásticos fez as produções abandonarem qualquer tentativa de criar uma identidade própria para uma adaptação de HQs.

No entanto, o novato diretor Taika Waititi decidiu arriscar e conseguiu transportar de forma inteligente a estética das publicações Marvel mais antigas, finalmente, criando uma identidade visual para um filme sobre personagens de quadrinhos. Pegando o melhor da estética dos filmes já produzidos e mesclando a de HQs.

O roteiro foi escrito por Eric Pearson, Craig Kyle e Christopher Yost, os quais tentam dar a história focada no personagem Thor uma dose de humor, estilo ‘Guardiões da Galáxia’, mas sem perder o foco da trama original.

Nesse filme o “deus do trovão” Thor, interpretado pelo talentoso Chris Hemsworth, está preocupado com a antiga profecia asgardiana sobre o fim de seu mundo, o Ragnarok.

A profecia do Ragnarok é conhecia por todo o povo de Asgard, mas depois de milênios era vista como uma lenda. Porém Thor está preocupado com a possível realização da mesma e busca solucionar a questão.

Para escrever o roteiro, os três roteiristas de ‘Thor: Ragnarok’ não só parecem buscar inspiração nas lendas dos deuses nórdicos, mas na História Geral da Humanidade. Por exemplo, ao introduzir a personagem Hela, interpretada por Cate Blanchett, usam a teoria de alguns pesquisadores sobre as religiões monoteístas e patriarcais terem apagado o nome de deusas e de qualquer outra mulher relevante da História Humana. O que foi brilhantemente e, além da inspiração em lendas e na História, o filme também mostra uma verdadeira “guerra nas estrelas” com direito a naves bem legais e batalhas grandiosas.

No elenco, além de Chris Hemsworth e Cate Blanchett, o ator Tom Hiddleston divide as atenções com foco na principal trama do roteiro, roubando novamente a cena, assim como fez em ‘Os Vingadores’, como o eterno vilão duas caras, Loki.

O trio, que basicamente protagoniza a história, tem uma luta pessoal a travar, mas antes Thor e Loki precisam se entender para sair de um exótico planeta onde foram parar acidentalmente durante o primeiro embate com Hela.

Com uma identidade visual própria inspirada em HQs, ‘Thor: Ragnarok’ tem uma fotografia bem trabalhada nas cores e talvez por isso, o filme funcione tão bem em 2D que 3D nem seja uma opção obrigatória como em outras produções. Destaque para a ótima trilha sonora, bem feita e editada, que se encaixa com perfeição na composição estética um tanto retrô da produção.

O filme ‘Thor: Ragnarok’ estreia nos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 26 de outubro, em cópias legendadas e dubladas em português. Com distribuição Disney, o filme também conta com versões em 2D e 3D.

Vale dizer que há duas cenas pós crédito, sendo uma aparentemente importante na trama base que liga o universo Marvel no cinema e tv (Agents of SHIELD).



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