Nos dois últimos fim de semana duas estreias muito esperadas aconteceram na Netflix, 'Os Defensores' da Marvel e o filme 'Death Note', ambas produções originais. No entanto, enquanto uma teve um saldo positivo, a outra causou infartos em fãs ao redor do mundo (sem precisar do uso de um certo caderno da morte).
Confesso que vi muitas críticas, sobre as duas produções, antes de pensar em escrever a minha. Só que, por conta da correria para a abertura da Bienal Internacional do Livro Rio 2017 essa semana, não farei uma análise solo de cada uma, apenas as minhas impressões.
Mesmo em ritmo de Bienal, preciso e quero registrar minhas impressões gerais sobre ambas as produções. Não será uma crítica longa, já foi complicado assistir tudo e sentar para escrever também não foi fácil.
Em relação a série 'Os Defensores', como fã da Jessica Jones, vi por ela e não me arrependi. Ela interagindo com o trio de heróis que protagonizam as séries 'Demolidor', 'Luke Cage' e 'Punho de Ferro' foi um dos pontos positivos. Resumidamente, a série pegou o melhor de cada uma das série relacionadas (ignorando 'Punho de Ferro' para meu alívio) e fez uma ótima apresentação dos personagens... Até fiquei com vontade de ver o 'Demolidor'. Porém antes devo ver novamente 'Os Defensores' e 'Jessica Jones' e quem sabe escreva um análise crítica mais detalhada depois. Crítica de 'Luke Cage', talvez, e 'Demolidor' ainda terei que ver as duas temporadas. (Só que isso fica para depois da bienal carioca.)
Então, para quem não viu 'Demolidor' e não conseguiu concluir 'Punho de Ferro', consegui entender e curtir muito 'Os Defensores'... Até o senhor "Eu sou o Punho de Ferro" não irritou tanto, a interação dele com o fofo do Luke funcionou. Jessica estava maravilhosa e brilhou em meio ao universo masculino, por isso , espero ver mais de 'Jessica Jones' e 'Os Defensores' na Netflix, porque nesse quesito a parceria com a Marvel está cada vez melhor.
Já quanto ao filme com roteiro inspirado no mangá escrito pelo japonês Tsugumi Ohba e com ilustração de Takeshi Obata, que não é uma adaptação, mas uma versão ocidentalizada da história, a Netflix conseguiu causar palpitações. Não pela proposta de modificar a história que originalmente é passada no Japão e no filme acontece na cidade de Seattle nos Estados Unidos. Não pela ocidentalização dos principais personagens. Isso porque eu acho que é um dos poucos mangás que tem uma história tão boa e questões tão universais, que poderia ser ambientado em qualquer parte do mundo.
O problema também não foi a produção pegar elementos contidos no mangá para recontar a história do misterioso "DEATH NOTE" e suas propriedades sobrenaturais. Um caderno sobrenatural que vai parar na mão de um adolescente que seguindo a indicações contidas nas primeira páginas, começa a usá-lo para fazer justiça com as próprias mãos, julgando quem merecer morrer, já que esse jovem tem um ego gigante. Ao ponto de achar que com o caderno ele pode criar um novo mundo onde ele seria ninguém menos que um deus.
O que foi problema, realmente, foi o roteiro que parece um misto de 'Crepúsculo' e 'Premonição', pegaram poucos elementos da trama original e deturpando outros, além de inventar regras sem lógica. Tipo como não morrer se o nome for colocado no caderno (é o caderno da morte e se o nome for escrito já era) ou então matar alguém usando apenas um nome (e não o nome todo). Sem contar que TODOS os personagens foram modificados e não falo de aparência, que nesse caso não fariam diferença, mas nas características primordiais da personalidade.
Assim a Netflix entregou um filme que pode agradar, talvez, aqueles que gostam dos filmes em que o roteiro é claramente inspirado, não o mangá. Só que mesmo vendo como se fosse um filme sem qualquer ligação com a história original japonesa de mesmo nome, constata-se que as interpretações são muito fracas, a história muito infanto juvenil que tem uma faixa etária para maiores só por causa de algumas cenas mais sangrentas que o necessário... E o que, diabos, o editor de som estava pensando quando optou por aquela trilha sonora totalmente incompatível com a proposta do filme. Se ter um baile escolar já não tivesse totalmente fora de contexto, as músicas escolhidas... Nem sei o que dizer sem incluir alguns palavrões. Só para se ter uma ideia, a trilha sonora de 'Crepúsculo' merece um Oscar perto da feita para 'Death Note'. Especialmente da sequência final que deve ter mandado vários fãs para o hospital com suspeita de infarto.
Muita gente reclamou do elenco por conta de aparência, eu não tive problema com as versões ocidentais, o que me irritou foi o Light ser um mané e os ataques estilo Kylo Ren do L... E, sério, aquela trilha sonora é imperdoável! CONSEGUIU ME TIRAR DO SÉRIO. Tirando o foco da ação por vários momentos ao longo do filme, fosse colocando sons que não batiam com a cena e, principalmente, com músicas nada a ver. Farei notas dos nomes dos responsáveis, pode ter certeza. (Ryuk, pode me dá uma folha do seu caderno que estou sem papel aqui. hehehe)
'Death Note NETFLIX' tinha potencial para ser um filme inspirado em um mangá bem interessante. Mesmo que não fosse uma adaptação, se certos elementos fossem mantidos e as principais características dos personagens respeitadas, talvez fosse uma produção aceitável. Só que não foi dessa vez que o ocidente fez uma releitura digna de um mangá.
Enfim, o filme apresentado decepcionou de vários ângulos e creio que até quem não conhece a história, terá dificuldade de aceitar certas coisas sem deixar de apontar defeitos. Para quem acha que estou exagerando por ser fã, só digo que eu até curti a versão ocidental de 'Ghost in the Shell', perto do filme 'Death Note NETFLIX' ficou incrível.
Dessa vez eu recomento é a animação baseada no mangá 'Death Note', no formato série, produção japonesa, que inclusive está disponível na Netflix. E se depois, ainda assim quiser ver 'Death Note NETFLIX', seja por sua conta e risco.
Sobre a Netflix
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O assinante Netflix pode assistir a quantos filmes e séries quiser, quando e onde quiser, em praticamente qualquer tela com conexão à Internet, podendo pausar e voltar o programa que está assistindo, sem comerciais ou em maratona (com vários episódios seguidos).
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Fonte: Netflix
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